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A Polícia Federal (PF) disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao associar a vacina contra a Covid-19 ao risco de contrair Aids.
A delegada Lorena Lima Nascimento, responsável pelo caso, solicitou ao STF a autorização para indiciar Bolsonaro e o ajudante de ordens tenente Mauro Cid , que ajudou o presidente produzir o material divulgado pelo presidente na live. A PF entende que ambos praticaram incitação ao crime, conduta que, no Código Penal, pode dar prisão de três a seis meses.
Para a PF, o presidente “disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarma de perigo inexistente aos espectadores”.
A associação feita por Bolsonaro entre vacina da Covid e risco de desenvolver Aids ocorreu em uma live nas redes sociais no dia 21 de outubro do ano passado.
Ainda segundo o relatório, a conduta de Bolsonaro incentivou nos espectadores das lives o descumprimento de normas sanitárias estabelecidas pelo próprio governo.