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Cássio Moreira
A política baiana viveu uma verdadeira ‘dança das cadeiras’ no mês de março. Enquanto o PP do vice-governador João Leão rompeu com a base petista e anunciou uma chapa com ACM Neto (União Brasil) na disputa pelo governo da Bahia, o MDB fez o caminho inverso e indicou o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Jr., para o posto de vice de Jerônimo Rodrigues (PT), candidato governista à sucessão estadual.
Com base nos apoios já oficializados, o Política ao Vivo fez um levantamento de como estariam as coligações majoritárias para as eleições de outubro.
ACM Neto
O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, que vem pavimentando sua candidatura a governador desde janeiro de 2021, quando encerrou o mandato no comando da capital, teve na chegada do PP seu maior trunfo para a formação de uma chapa majoritária competitiva. O partido de João Leão, que será candidato ao Senado na chapa, se junta ao PSDB, Solidariedade, Cidadania, Republicanos, PSC e Podemos para a formação da aliança de oposição. Outras siglas, como o PDT e o PROS, ainda não definiram, pelo menos de forma oficial se apoiarão a candidatura de Neto.
Já a chapa majoritária (governador, vice e senador) caminha para União Brasil (partido de ACM Neto), Republicanos e PP (com João Leão). O segundo partido tem dois nomes na disputa, os deputados federais Márcio Marinho e Marcelo Nilo, mas ainda concorre com o PSDB, que resolveu permanecer pleiteando a vaga aos ’45 do segundo tempo’.
Jerônimo Rodrigues
O ex-secretário de Educação da Bahia foi alçado como candidato do grupo governista após a desistência oficial do senador Jaques Wagner (PT) de concorrer a um terceiro mandato como governador, no mês de março. Apesar do pouco tempo, Jerônimo já consegue reunir um grande arco de alianças, que se fortaleceu com a chegada do MDB ao bloco, na inesperada indicação de Geraldo Jr. para o posto de vice. A vaga ao Senado foi quase unânime, com o já senador Otto Alencar (PSD) tendo sua candidatura à reeleição confirmada de forma oficial na última semana.
Além de MDB e PSD, o candidato do PT ainda contará com o PSB, Avante, Patriota, Partido Verde (PV) e PCdoB. Os dois últimos formarão uma federação partidária com o PT, modelo no qual as siglas terão um estatuto e trabalho único durante um período de quatro anos, no mínimo.
João Roma
O ex-ministro da Cidadania deve contar com o apoio total dos bolsonaristas baianos. Entretanto, o PL, sua nova casa, ainda não conseguiu apoio de grande quantidade de partidos, diferente dos dois primeiros nomes.
Recém-convertido ao bolsonarismo, o PTB é, até o momento, o único partido que sinaliza apoio a João Roma. Outra legenda que deve caminhar com deputado federal é o Brasil 35.
Sobre a chapa majoritária, João Roma já tem a médica Dra. Raissa Soares como candidata ao Senado, pelo próprio PL. A vaga de vice ainda está aberta, com poucos nomes cotados até o momento.
A apresentação das candidaturas e respectivas chapas deve acontecer até o dia 15 de agosto.