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Para a historiadora Patrícia Valim, da Universidade Federal da Bahia, o governador Rui Costa (PT) tem pecado em sua gestão por “não politizar o enorme legado dos governos petistas de Lula e Dilma”. Segundo ela, Rui mesmo com as criticas ao presidente Jair Bolsonaro, tem implantado no estado “parte significativa” da agenda do militar.
“Equívocos de mérito porque o governador da Bahia, Rui Costa – infelizmente, o caso mais paradigmático desse processo – , além de não politizar o enorme legado dos governos petistas de Lula e Dilma no Nordeste e avançar com ele, tem implantado parte significativa da agenda do bolsonarismo na Bahia: a militarização da educação pública do estado, o fechamento de escolas e a venda de seu terreno em área com o metro quadrado mais caro da cidade.”, escreveu para o site Brasil 247.
Em seu texto, a professora ainda criticou a reforma da Previdência do petista, que aprovada no incio do ano, não contou com o diálogo com as categorias afetadas por ela. “A reforma da previdência sem esclarecimento e diálogo com a categoria.”, afirmou.
Patrícia também comentou o mais recente caso da morte de um miliciano carioca na Bahia. Segundo ela, a morte de Adriano da Nóbrega foi resultado da uma comunicação “pouco transparente” com as autoridades no Rio de Janeiro.
“A colaboração pouco transparente com a polícia do Rio de Janeiro em uma operação para prender uma testemunha fundamental no esquema da ‘rachadinha’ (se provada seria um duro golpe no bolsonarismo) e que resultou em um homicídio que até a imprensa mainstream tem chamado de queima de arquivo. E o mais grave, a militarização da política e o esvaziamento da própria política como consequência”, concluiu.