As empresas que trabalharam para o PT durante as últimas campanhas eleitorais estão cobrando judicialmente ao menos R$ 46 milhões em dívidas do partido. A Folha localizou 24 processos contra o partido na Justiça. A maior parte tem como alvo da cobrança o diretório estadual da legenda de São Paulo.
Entre os credores, há empresas de marketing político, gráficas, produtoras, fornecedores de material promocional, um escritório de advocacia e até uma prestadora de serviços contábeis. À Justiça o diretório justificou as dívidas com a mudança do entendimento legal, em 2015, a partir da qual, passou a ser proibido financiamento empresarial das campanhas. “Esses recursos representavam, objetivamente, grande parte do financiamento das campanhas eleitorais”, disse o partido, em um dos processos. “Mas as coisas mudaram substancialmente desde então, e sem modulação dos efeitos”.
O PT paulistano declarou que tem promovido jantares de arrecadação de recursos para pagamento das dívidas de campanha, bem como a venda de camisetas e bótons.