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Foto: Ascom/Prefeitura de Salvador
O derretimento da popularidade do prefeito Bruno Reis começa a produzir efeitos que vão além da administração municipal e acende um alerta direto no projeto eleitoral de ACM Neto para 2026. A queda brusca nos índices de aprovação do prefeito de Salvador ameaça fragilizar justamente o principal ativo político de Neto: o domínio histórico da capital baiana como seu maior reduto eleitoral.
Um prefeito desgastado, com índices crescentes de reprovação e envolvido em polêmicas sucessivas, tende a contaminar o ambiente político local e reduzir a capacidade de transferência de prestígio e votos. Sem uma base sólida na capital, o discurso de Neto como candidato competitivo ao governo da Bahia perde força antes mesmo da largada oficial da campanha.
Esse cenário se torna ainda mais delicado diante da ofensiva do governador Jerônimo Rodrigues em Salvador nos últimos meses. A entrega do VLT no Subúrbio Ferroviário e o início efetivo das obras da ponte Salvador Itaparica colocam o governo do Estado como protagonista de intervenções estruturantes históricas na capital, ocupando um espaço que tradicionalmente era explorado politicamente pelo grupo carlista.
Na prática, Bruno Reis deixa de ser um trunfo e passa a representar um risco para ACM Neto. Enquanto o prefeito enfrenta desgaste acumulado por denúncias, conflitos e decisões impopulares, Jerônimo avança com obras simbólicas e de grande impacto social. Salvador deixa de ser o porto seguro de Neto e se transformar em um dos principais obstáculos para seu projeto de voltar a disputar o governo da Bahia em condições reais de competitividade.



