Depois dos atritos entre o presidente Jair Bolsonaro e a deputada federal Dayane Pimentel (veja aqui e aqui), a advogada Rebeca Martins, destaque feminina da direita baiana, saiu em defesa do presidente, que foi acusado por Dayane de querer “desestabilizar” a sigla ao ter exigido, para retornar ao partido, a saída de nomes do PSL – entre eles, o da deputada.
Questionada acerca do posicionamento do presidente Bolsonaro que pediu a saída da Dayane como requisito para retornar ao PSL, Rebeca, que é pré-candidata a vereadora em Lauro de Freitas, foi enfática:
“Eu não esperava outra postura do meu Presidente. Sinto orgulho. O presidente Bolsonaro tem um batalhão de soldados aqui na Bahia, todos que abraçaram a sua causa, compraram a sua briga e foram em sua defesa no primeiro vestígio de traição. Ele não abandonaria seus soldados por causa de um partido. O partido em si não é o problema, mas sim os que não só foram desleais como também tentaram assassinar a sua reputação de todas as formas perante as redes sociais. E muito cedo a máscara da Dayane caiu para todos aqui na Bahia e todos tentaram alertar. Infelizmente, em diversos Estados, o presidente Bolsonaro ficou cercado de seres humanos desprezíveis, dissimulados, ingratos, desleais…”.
Rebeca Martins, que em 2019 abordou Dayane Pimentel no aeroporto de Brasília para questionar e apontar traição da deputada junto ao presidente Bolsonaro, ainda alfinetou:
“Todos sabemos o motivo pelo qual Dayane foi eleita. A única razão foi o Presidente Bolsonaro.
O PSL sempre foi nanico, sempre. E a visibilidade que ganhou também foi pelo nome do nosso Presidente.
De 2018 pra cá, muitas máscaras foram arrancadas, e a da Dayane foi uma delas. O Presidente não precisa e nunca precisou de figuras como a Dayane, pelo contrário. Ao se dar conta hoje de quem são aqueles que se aproveitaram do seu nome para se eleger, ele mais uma vez se mostrou íntegro, não se mistura.”
Questionada ainda sobre a fala da deputada, que afirmou que a presença dela no partido estaria “blindando” o PSL daqueles que querem desestabilizar e tomar o partido “a força”, Rebeca Martins ironizou:
“Essa sem noção deve estar se referindo aos filiados do PSL que em 2018 denunciaram a Dayane, na condição de presidente estadual do partido, de ter atrapalhado as suas respectivas candidaturas e concorrer sozinha e direcionar para ela os votos bolsonaristas. As inúmeras acusações foram escândalo por aqui na época da Campanha. O que de fato aconteceu só quem foi vítima do ardil pode esclarecer, mas é certo que a Bahia tinha condições de eleger ao menos mais 4 federais, inclusive candidatos com trajetória, ao contrário da Dayane, até então desconhecida. Talvez, se na época o partido tivesse em outras mãos a Bahia não estaria hoje sem um deputado federal para representar na Câmara todos nós bolsonaristas”, concluiu.