A reconstituição da operação policial que causou a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, na zona rural do município de Esplanada (BA), aponta que não houve execução nem tortura dos policiais. A informação foi divulgada pelo perito criminal José Carlos Montenegro, da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), que participou de uma coletiva na manhã desta quarta-feira (26). Segundo o perito, o miliciano morreu por conta de dois tiros que o atingiram.
“Adriano tinha treinamento em combate e característica de resistir. A guarnição chegou primeiro. O tenente sabia exatamente o local porque conhecia a área. Eles avistaram, ao passar na frente o sítio, um suspeito de características similares com o indivíduo que era procurado”, disse.
Ainda de acordo com Montenegro, os policiais envolvidos no caso apresentaram suas versões, que foram unânimes e convergiram. “Eles [policiais] frisam que, quando começaram o deslocamento, o suspeito correu para dentro do imóvel. A guarnição incursionou para a estrada de acesso, o primeiro soldado, que usava um escudo e portava uma submetralhadora, não disparou em momento algum”, contou.
Adriano Magalhães da Nóbrega tinha um mandado de prisão expedido em janeiro de 2019, para prendê-lo por ser integrantes de uma milícia em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de janeiro. Ele estava foragido até ser encontrado em Esplanada.
Adriano era suspeito de comandar um grupo de matadores. Ele foi expulso da PM e homenageado duas vezes pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro. A mãe e a esposa de Adriano trabalharam no gabinete do agora senador.