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Foto: Reprodução

O empresário José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, foi ao Palácio do Planalto no final do governo Jair Bolsonaro. Segundo dados oficiais obtidos pela CNN, ele deu entrada no Planalto no dia 21 de dezembro de 2022, às 9h58.



Moura está no centro de uma investigação da Polícia Federal que envolve desvio de emendas parlamentares e fraudes em licitações. Questionado, ele disse não se lembrar do que foi fazer no Planalto neste dia, nem com quem esteve. O nome dele não aparece em nenhuma agenda oficial de autoridades naquele dia em Brasília.

O “Rei do Lixo” foi preso no dia 11 de dezembro do ano passado, em Salvador, mas solto no dia 19 do mesmo mês após obter um habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Integrante da cúpula do União Brasil, ele foi colocado no cargo pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.

A suspeita do desvio de R$ 1,4 bilhão em fraudes de licitações trouxe à tona o nome de Marcos Moura, que seria responsável por liderar um esquema de desvio de recursos por meio do superfaturamento de obras com contratos de licitação. As verbas dos projetos eram liberadas para empresas escolhidas previamente e tinham como origem repasses de emendas parlamentares.

Segundo a Polícia Federal, Moura atuava como ponte de agendas entre empresários presos e nomes ligados a governos estaduais. A investigação começou com a apreensão de R$ 1,5 milhão pela Polícia Federal, em um voo que partia de Salvador com destino a Brasília. O dinheiro apreendido teria o objetivo de servir como pagamento a empresários envolvidos nos esquemas de licitação. Além dos R$ 1,5 milhão em espécie, os policiais federais também encontraram uma planilha contendo informações sobre contratos e valores, totalizando mais de R$ 200 milhões em acordos suspeitos no Rio de Janeiro e no Amapá. Moura nega qualquer irregularidade.

 



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