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A troca de farpas públicas entre Jaques Wagner e Gleisi Hoffmann, que culminou em uma reunião fechada dos dois com Lula, nesta sexta-feira, não foi uma surpresa para o mundo político.
Isso por que Gleisi não tem uma boa relação com Wagner e Rui Costa, seu afilhado político, e os três nunca fizeram questão de esconder, inclusive publicamente, o ruim relacionamento.
Polêmica em 2019
Em 2019, o governador Rui Costa disse que as alianças em torno da formação da oposição a Jair Bolsonaro não poderiam ser condicionadas à pauta do “Lula Livre”, embora essa deveria continuar sendo, à época, a bandeira central do PT.
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Na época, Wagner concordou com o governador baiano e afirmou que a pauta do ‘Lula Livre’ “não pode ser a única” luta do PT e dos militantes. No dia seguinte, Gleisi rebateu Rui e reafirmou que a justiça para Lula não é uma pauta central apenas no partido. “Justiça para Lula com sua liberdade é central não só para o PT”.
Uma nota pública da Executiva Nacional do PT também mirou o governador baiano. No comunicado, o PT destacou que “tomou uma decisão absolutamente correta ao lançar candidatura própria”, frisando que Fernando Haddad, o candidato do partido, teve “grande desempenho político e eleitoral, chegou ao segundo turno e só não venceu a eleição pelo uso criminoso de notícias falsas”.
Um dia depois, Jaques Wagner disparou contra a direção nacional do partido: “A nota totalmente descabida, a nota da Executiva. Nunca vi fazer uma nota daquele tamanho para repreender ou atacar um governador do maior estado governado pelo PT e mais bem avaliado. Modéstia a parte nós fomos quem deu mais voto a Dilma e ao Haddad”.
Dias depois, durante o Papo Correria, Rui Costa mandou outro recado: “Se Deus me permitiu sair da favela e ser governador do estado, não foi para ficar calado”.
Polêmica em 2018
Antes disso, em 2018, Rui Costa afirmou em entrevista ao UOL que o partido deveria pensar em um nome para a eleição presidencial de 2018 diante da chance de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poder concorrer.
Gleisi rebateu rapidamente o correligionário. “Essa é uma discussão que não está colocada para nós”, disse a senadora ao UOL. Para ela, pensar em Lula fora da eleição é aceitar a tese dos opositores do partido. “E é convalidar a tese da inelegibilidade”, afirmou.