O programa Repórter Record Investigação mostrou a pobreza que famílias baianas são submetidas no Sisal baiano. A repórter Adriana Araújo mostrou a rotina de uma família na zona rural da cidade de Iraquara, na Chapada Diamantina, um dos municípios com menor índice de desenvolvimento humano da Bahia.
A família é formada por Gilmara, Wilson e o filho do casal, de seis anos, que não estuda. Eles moram em um acampamento feito de lona com camas de madeira, sem água encanada nem eletricidade. Os alimentos, assim como as roupas, ficam em caixas.
Durante o almoço, com feijão, carne e salada, a repórter Adriana Araújo chegou a se emocionar. “Eu estou comovida porque vocês têm tão pouco aqui…”, disse a jornalista, que foi âncora do Jornal da Record.
Um profissional especialista em direito do trabalho disse à reportagem que não há qualquer condição adequada de trabalho para os trabalhadores mostrados do Sisal baiano na imagem. De acordo com ele, a forma em que os trabalhadores são submetidos na lavoura ocasionará perda de audição entre outros problemas, como ansiedade e hipertensão arterial.
Nenhum dos trabalhadores alcança um salário mínimo por mês, mesmo trabalhando mais do que 12 horas por dia.
Wilson Andrade, presidente da Sindifibras, representante de todas as indústrias de sisal da Bahia, conversou com Adriana Araújo, e durante a entrevista afirmou que a situação de trabalho nas plantações de sisal não é grave. Apesar disso, ele esqueceu a câmera ligada e admitiu, enfim, a irregularidade e gravidade dos trabalhadores.
A reportagem entrou em contato com o Governo da Bahia, mas não obteve resposta.