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O prefeito Bruno Reis (UB) afirmou, nesta terça-feira (7), que a revisão salarial dos servidores municipais deve ficar para o próximo ano.
Em entrevista à Rádio Sociedade, Bruno explicou que a Lei Complementar nº 173, que estabelece o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, ainda em vigor, impossibilita o reajuste até o dia 31 de dezembro.
“Esse vai ser um grande problema para o ano que vem. Hoje há uma lei complementar 173 que proíbe qualquer aumento salarial. Você não pode aumentar no seu orçamento 1 real em despesa com servidor. Essa lei vence agora no dia 31 de dezembro. Todas essas manifestações e paralisações que estão ocorrendo, agora não há o que ser feito, são inoportunas. Por mais que o prefeito tivesse as condições orçamentárias de fazer e a vontade política de fazer, não daria. A partir do ano que vem nós vamos travar essa discussão”, disse.
Bruno ainda chamou a atenção para o fato de que a pandemia do coronavírus ainda não acabou. Por isso, o reajuste salarial dever ser encara com “cautela”.
“As finanças públicas foram sacrificadas ao longo desses dois anos. 1 bilhão e 200 milhões de reais. Daria para construir, por exemplo, 10 centros de convenções, 10 novos hospitais municipais, daria pra construir 100 escolas. [Esse recurso] foi consumido pela pandemia. As contas estarem equilibradas não significa que nós estamos com recursos para poder investir em reajustes de servidores. Existe um problema real hoje que é a volta da inflação. A expectativa esse ano é que essa inflação possa fechar na casa de dois dígitos. Vamos ver durante o ano o que é possível fazer para dar alguma recomposição salarial, mas com muita prudência, com muita cautela, como o momento exige. Nós não sabemos quando definitivamente ficaremos livres da pandemia”, concluiu o prefeito.