Política ao Vivo. Siga a gente no Instagram: @politicaaovivo

Foto: Reprodução

Administração do ex-prefeito abusa dos gastos, realiza empréstimos e dificulta capacidade de honrar pagamentos
Da Redação



A situação orçamentária em que se encontra a Prefeitura de Itaberaba pode ser considerada crítica. Avaliação preliminar de auditoria contratada pelo prefeito eleito João Filho constatou um déficit nas contas públicas, até setembro de 2024, de 13%, ou seja, a arrecadação não cobre todos os gastos com pessoal nem manutenção da máquina pública.

De cara, João Filho herda uma dívida de R$191,6 milhões. Alguns títulos são de curto prazo, como uma parcela de R$800 mil de empréstimo que vence na primeira semana de janeiro de 2025. São vários indicadores ruins nas finanças do município. Em 2024, os gastos com folha de pagamento chegaram a quase 60%l, acima do limite recomendado, que é de 54% do orçamento da cidade. Para mensurar o descontrole orçamentário, a dívida da Prefeitura de Itaberaba saltou, em um ano, 64 milhões de reais. Em dezembro de 2023, estava declarada em R$126,7 milhões. Agora é de R$191,1 milhões.

Só o déficit com a Itaprev, no ano de 2023, estava em R$26,8 milhões, comprometendo a capacidade de pagamento dos aposentados do município. “A Itaprev atualmente está quebrada”, afirmou o prefeito eleito. “Na minha última gestão, deixei R$2 milhões em caixa. Agora, não sei o que vou encontrar lá, mas, por tudo que sabemos, a situação não é boa.” De acordo com o levantamento contratado pelo prefeito eleito, a dívida declarada com o INSS era de 15,1 milhões em dezembro de 2023.

Mas já se sabe que o governo municipal não declarou, em 2024, junto ao Instituto Nacional de Seguro Social outro rombo de R$21 milhões. Um dos preceitos da boa governança é priorizar os recursos, visando o bem da população. Gerar dívida e comprometer recursos da administração afeta a qualidade dos serviços ofertados, tais como os da área da Saúde. Em Itaberaba, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e as Unidades Básicas de Saúde (UBS) enfrentam precarização, com diminuição de consultas e atendimentos.



Deixe sua opinião