O governador Rui Costa (PT) nomeou nesta terça-feira (29) Camila Vasquez Gomes Negromonte para o cargo de Procurador‑Geral do Ministério Público Especial de Contas, junto ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA). Camila é esposa do deputado federal baiano Mário Negromonte, aliado do governador.
Em 2017, uma peça formulada pelo juiz federal Friedmann Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba, chegou a apontar que Camila teria recebido recursos que teriam sido desviados da Petrobras, de acordo com o Bnews.
“Entendo, porém, que esse arbitramento engloba os valores provenientes de depósitos sem origem identificada realizados na conta de Tiago e de Hugo, na conta conjunta que o acusado mantinha com seu filho, também acusado, Mário Negromonte Júnior, e também na conta de Camila Vasquez Pinheiro Gomes”, aponta o magistrado.
A peça apontou que Camila “promoveu inúmeras transferências, todas em valor inferior a R$ 10.000,00 (indício de “smurfing”), para outra conta de sua titularidade”.
O dinheiro apareceu na sua conta em decorrência de depósitos de Negromonte (sogro), quanto Mario Negromonte Júnior (cônjuge).
“O valor total R$ 225.500,00, pois, deve ser considerado, em linha de princípio, como proveniente de pagamento de vantagem indevida, seja em razão de quem procedeu aos depósitos, seja em razão de expedientes lançados pelos correntistas que se caracterizam como técnica vulgar e cediça de branqueamento de capitais”.
O mesmo juiz bloqueou, na época, os bens de Mário Negromonte, o filho, Mário Negromonte Júnior, e o deputado federal Roberto Brito, todos do PP.