O governador Rui Costa (PT) disse que não pode interferir para suspender os eventos políticos que vêm gerando aglomeração e causando um aumento no número de casos da covid-19 nas cidades do interior da Bahia. Segundo o petista, cabe apenas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) intervir na questão.
“Antes de começar a campanha, nós fizemos uma reunião com a Justiça Eleitoral e eu disse ao presidente do TRE que eu não iria atuar nas decisões que envolvem as campanhas políticas para eventualmente não ser acusado de parcialidade nas eleições municipais e que nós daríamos todo o apoio ao Judiciário e Ministério Público que já estão tomando medidas de evitar essas aglomerações”, afirmou Rui classificando algumas medidas como “exageradas”.
“Tem lugares que está sendo exagerado [as decisões], onde estão proibindo tudo. Se você proibir tudo, não tem campanha. Entre aglomeração e proibir tudo, acho que tem um meio termo que é possível fazer campanha. Carreata não é o melhor método de campanha, mas hoje com a realidade atual é o método que garante o distanciamento social e não gera aglomeração. As caminhadas que são muito preocupantes por gerar aglomeração”, disse Rui.
O governador declarou também que depois do dia 15 de novembro, o primeiro turno das eleições, voltará a agir para evitar aglomerações nos municípios do estado. “Não cabe ao executivo e a polícia definir o evento que será realizado. Eu tenho deixado claro que não é o governador e nem a PM que vão analisar qual o evento pode e o que não pode. Isso cabe apenas à Justiça Eleitoral. Depois do dia 15, a gente volta ao comando no intuito de inibir eventuais aglomerações”, disse.