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O candidato de Jerônimo Rodrigues (PT) a prefeito de Salvador começa a pré-disputa eleitoral com 35% das intenções de voto, segundo cientistas políticos e marqueteiros consultados pelo Política ao Vivo. Esse também é o número com o qual trabalha a cúpula da PT e partidos aliados.



A avaliação é a de que Jerônimo consiga transferir todos os votos que conquistou em Salvador, no segundo turno da disputa eleitoral de 2022, para o seu candidato a prefeito. Segundo os analistas, o eleitor de Salvador que não votou em ACM Neto (UB), cuja base eleitoral é exatamente na capital baiana, e dispensou seu voto em Jerônimo, não tem qualquer chance de apoiar o candidato apadrinhado por Neto – no caso, o atual prefeito Bruno Reis.

Por isso, o candidato de Jerônimo começaria a disputa com essa base eleitoral, 35% dos votos, percentual conquistado pelo governador eleito na capital. A transferência seria, portanto, questão de tempo e empenho do grupo político encabeçado pelo PT.

Os outros 15% necessários para vencer a eleição teriam que ser conquistados dentro do grupo de eleitores que votou em Lula, mas não votou em Jerônimo. Esse grupo é formado por cerca de 500 mil eleitores. Ou seja, o próprio Lula teria que convencer menos que a metade desse eleitorado a mudar o seu apoio e votar no candidato apoiado pelo PT.

Outra análise que anima o grupo de oposição em Salvador é a de que ACM Neto teve 64% dos votos de Salvador no segundo turno, mesmo enfrentando um candidato desconhecido da população. Bruno Reis, que não tem a mesma popularidade do padrinho político, dificilmente repetiria esse número se fosse confrontado com um candidato cuja parceria com o grupo de Jerônimo e Lula fosse trabalhada com antecedência.

Até o momento, a imprensa coloca Geraldo Jr. como o favorito para ser o candidato do grupo do PT a prefeito de Salvador. A definição deve sair até novembro.



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