Breno Cunha
O secretário de Educação do estado, Jerônimo Rodrigues, assinou um contrato com a Creta Comércio e Serviços no valor de R$ 405.578,75 para “prestação de serviços contínuos de conservação e limpeza predial, por posto de serviços, ao Instituto Anísio Teixeira”. O contrato foi feito com dispensa de licitação e publicado no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (19).
Ocorre que a empresa tem um dos seus sócios, como noticiado pelo Metro1 em 2018 acusado de assédio. O dono da Creta, Carlos Alberto Santana Gomes, segundo denunciou o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA), agrediu uma funcionária que cobrou seus direitos trabalhistas.
“Trabalhei como recepcionista da Casa Civil contratada pela Creta. Ao ser demitida questionei a contadora da empresa a respeito de meus direitos trabalhistas. Ela disse que apenas o proprietário poderia resolver minha questão. Quando o encontrei no escritório da empresa em Itinga, Lauro de Freitas, ele de forma agressiva disse que não sabia nem ao menos quem eu era, jogou um chaveiro pesado em mim quase me acertando e disse que iria me quebrar toda. Uma agressão que não pode ficar sem resposta e por isso procurei o Sindilimp-BA”, afirmou na época Jucimara Silva.
Em 2018, o Metro1 noticiou que o governo da Bahia havia renovado dois contratos com a Creta: um assinado pelo gabinete do governador Rui Costa (PT) e outro pela Casa Civil, que era comandada por Bruno Dauster. Para o ambiente em que o petista despacha, o aditivo foi de R$ 81 mil e vale por 12 meses. Na Casa Civil, o valor foi de R$ 145 mi, por 90 dias.