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Foto: Cássio Moreira / Política ao Vivo

Um dos principais integrantes da CPI da Covid no Senado, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) acusou a comissão de tentar blindar o governador Rui Costa.



Ao Política ao Vivo, Girão apontou o movimento dos demais senadores e ressaltou que isso faz ainda mais importante a convocação do ex-secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, e da dona da Hempcare, Cristiana Prates, responsável pela venda de 300 respiradores ao Consórcio Nordeste, que não foram entregues e geraram um prejuízo de R$ 48 milhões para os nove estados da região.

“Temos percebido um claro movimento na CPI para blindar o governador Rui Costa, que já época coordenava o Consórcio Nordeste, assim como do diretor executivo, Sr. Carlos Gabas”, disse o senador, que também defendeu a convocação do ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster, e da representante da Hempcare. Girão apresentou, na última quarta-feira (26), um requerimento para ambos serem chamados pela CPI e explicarem sobre a negociação dos respiradores. O senador também aponta possíveis indícios de desvios de dinheiro no caso, até hoje não esclarecido e alvo de investigação.

“Considero de grande relevância também as convocações de Beuno Dauster e do representante da empresa, que podem esclarecer procedimentos muito ‘nebulosos’ ocorridos no ano passado. Essa operação conduzida há quase um ano pelo Consórcio Nordeste, que reúne nove governadores, na compra dos respiradores através da Hempcare é um dos casos mais simbólicos dos indícios de desvios ocorridos na pandemia”, completou.

“Além do superfaturamento e do calote na entrega, é bom falar que a empresa contratada tem experiência na comercialização de produtos à base de maconha”, ressaltou Girão.

Na última semana, Girão tentou aprovar a convocação de Rui Costa para prestar esclarecimentos sobre o caso na CPI, mas teve seu pedido indeferido. Os senadores alegaram que a convocação de Wellington Dias, governador do Piauí e atual presidente do Consórcio, já era o suficiente para a apuração do caso. No Rio de Janeiro, o processo foi inverso: foi convocado o ex-governador Wilson Witzel, enquanto o atual, Cláudio Castro, foi poupado.



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