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A vereadora Marta Rodrigues (PT) apresentou ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) um pedindo para que sejam investigadas as denúncias sobre a “indústria de multas de trânsito” realizadas pela Prefeitura de Salvador.
“A capital baiana aplicou R$ 35,2 milhões em multas de trânsito somente de janeiro a maio deste ano, a maior arrecadação dos últimos quatro anos. O aumento da arrecadação não representa um problema em si mesmo, pois, de fato, poderia estar associado a uma fiscalização mais eficiente, porém, a aplicação de multas em Salvador tem chamado a atenção pelos critérios duvidosos na interpretação das infrações apuradas por equipamentos eletrônicos e pela dificuldade e arbitrariedade no julgamento das defesas administrativas”, disse Marta.
Na denúncia, a petista diz que a Transalvador deveria estar mais empenhada em orientar e educar o trânsito do que em desumanizá-lo. Ela ainda critica a ausência de concursados para o órgão.
“O órgão deveria estar empenhado em educar, mas está passando simplesmente a aplicar multas com o evidente propósito arrecadatório. Fato é que, cada vez menos, vê-se agentes de trânsito na cidade ordenando o fluxo de veículos. O grande problema desse desbalanço entre inserção de tecnologia e investimento em recursos humanos é, sem dúvida, a falta de revisão na interpretação da penalidade”, diz trecho.
Segundo a petista, a prefeitura de Salvador há anos não explica qual o destino do alto valor arrecadado com as multas. Na ação, ela questiona ainda sobre a dificuldade que a população encontra em recorrer das multas.
“Há uma enorme dificuldade da população para recorrer a estas multas, um impedimento desleal. Ao mesmo tempo, não vimos intervenções práticas na cidade que tragam mobilidade. Então a pergunta que fazemos é: Para onde vai esse dinheiro? Desde o governo de ACM Neto que não há respeito à Lei da Transparência, num modelo de gestão autoritário que não dá satisfação sobre as contas públicas à população. Isso é grave”.