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Foto: Joilson César / Política ao Vivo

Uma estimativa feita pelo secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, em entrevista à rádio Metrópole, nesta quarta-feira (12), aponta que, se o fluxo de fornecimento de vacinas pelo governo federal se mantiver como previsto e a China não travar a importação de insumos, a imunização da população baiana contra a Covid-19 poderá ser concluída até o fim deste ano. “Mas é imprevisível. Só o tempo dirá”, disse o chefe da pasta.



O secretário afirmou que seu temor diz respeito a possíveis retaliações do governo chinês aos reiterados ataques feitos pelo governo Bolsonaro, o que pode resultar em atraso, ou até mesmo suspensão, no envio de matéria-prima para a produção da vacina CoronaVac pelo Instituto Butantan. Juntamente com os fármacos da AstraZeneca/Oxford, o imunizante desenvolvido pelo país asiático tem sido a principal vacina aplicada no Brasil.

Vilas-Boas disse ainda que teve “um momento em que começamos a ter um fluxo maior [de remessas], mas logo em seguida fomos abatidos na nossa alegria pela restrição de fornecimento do IFA [Insumo Farmacêutico Ativo], que vem da China”.

“Infelizmente a vacina do Butantan não é fabricada no Brasil. Essencialmente, nós dependemos 100% da China, exceto a vacina da Pfizer, que ainda está na fase inicial”, afirmou.

“Esses problemas diplomáticos do Paulo Guedes falando besteira, ofendendo chineses, criou uma dificuldade. Os chineses estão dando castigo agora pra gente, para que o ministro e o governo federal venham beijar as mãos ou os pés deles para voltar a fornecer vacina. Isso nos preocupa muito”, reiterou o secretário.



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