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Na última segunda-feira (27), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), admitiu de forma tímida que votou no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno contra Lula (PT) nas eleições de 2022. Embora Bolsonaro não tenha popularidade no estado, a confissão de Bruno pode melar os planos do ex-ministro João Roma (PL) para as eleições municipais de 2024.
Roma tem dito com frequência que deve tentar a prefeitura da capital no próximo ano. A fala de Bruno, entretanto, pode prejudicar o desempenho do dirigente bolsonarista. Isso porque o grupo político do governador Jerônimo Rodrigues (PT), turbinado com o gestor estadual, com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve ter uma candidatura forte para bater de frente com o atual mandatário. O medo dos bolsonaristas de que o PT chegue ao Executivo Municipal, ainda que seja por apoio a um nome de outro partido, pode fazer com que votos ideológicos em Roma migrem para o atual prefeito.
‘Confissão’ de voto em Bolsonaro pode atrapalhar Bruno Reis na eleição de 2024
O cenário aconteceu na disputa pelo governo da Bahia em 2022. Roma, que ficou na terceira colocação, com 9,08%, perdeu uma considerável parcela dos votos para o ex-aliado ACM Neto (União Brasil), que não declarou apoio a Bolsonaro, mas contou com uma considerável parcela de votos dos eleitores bolsonaristas, que temiam uma nova vitória do PT. Também no primeiro turno, a nível de comparação, Bolsonaro obteve 24,75%.
Sabendo da possibilidade de ‘roubar’ os votos bolsonaristas, Bruno Reis já fez acenos a Roma, e disse que vai tentar o apoio do PL na capital. O ex-ministro, que já externou seu desejo de chegar ao Palácio Thomé de Souza, também deu sinais de que pode negociar com o prefeito.