Foto: Agência Brasil

Segundo religioso a visitar o ex-presidente Lula, o monge Marcelo Barros relatou nessa terça-feira (15) como foi a sua visita ao petista preso. Marcelo afirmou que ele  se encontrava sentado à mesa junto a livros recebidos da visita do teólogo Leonardo Boff, no dia 7 de maio.

Segundo o monge, Lula afirmou: “De saúde, estou bem, sereno e firme no que é meu projeto de vida que é servir ao povo brasileiro como atualmente tenho consciência de que eu posso e devo. Você veio para me trazer um apoio espiritual”. “E o que eu preciso é saber como lidar cada dia com uma indignação imensa contra os bandidos responsáveis por essa armação política da qual sou vítima, sem dar lugar ao ódio”, teria dito o ex-presidente.

Barros conta que o petista contou histórias de sua infância, uma delas sobre o dia em que resistiu a tentação de roubar uma maçã para não decepcionar sua mãe. O monte relatou: “E aí ele prosseguia com lágrimas nos olhos: ‘Agora esses moleques vêm me chamar de ladrão. Eu passei oito anos na presidência e nunca me permiti ir com Marisa [Letícia, sua mulher, já falecida] a um restaurante de luxo, nunca fiz visitas de diplomacia na casa de ninguém. Fiquei ali trabalhando sem parar quase noite e dia. E agora, os caras me tratam dessa maneira”.

Antes que o tempo se encerrasse, o monge afirma que o ex-presidente lhe mostrou fotos de sua família e os dois oraram juntos de mãos dadas. Lula ainda pediu para Barros mandar um recado aos apoiadores acampados em vigília. “Diga que estou sereno, embora indignado com a injustiça sofrida. Mas, se eu desistir da campanha, de certa forma estou reconhecendo que tenho culpa. Nunca farei isso. Vou até o fim”.

O petista ainda concluiu dizendo: “Creio que na realidade atual eu tenho condições de ajudar o Brasil a voltar a ser um país mais justo e a lutar para que, juntos, construamos um mundo no qual todos tenham direitos iguais”.

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