Os vetos do presidente Jair Bolsonaro aos artigos que autorizava estados e municípios a comprarem diretamente vacinas contra a Covid-19 e o que dava um prazo de cinco dias para a Anvisa autorizar o uso emergencial de imunizantes gerou uma onda de criticas de membros do Congresso Nacional.
O senador Jaques Wagner (PT) criticou a decisão tomada por Bolsonaro e definiu os vetos como “um absurdo”. Ainda segundo o petista, os vetos confirmam “que ele trabalha contra a vida e a saúde dos brasileiros”.
Outros parlamentares baianos também se posicionaram contra os vetos presidenciais. O senador Otto Alencar (PSD) disse que Bolsonaro “não resolve e não quer deixar que os estados e municípios resolvam. É uma atitude estranha do presidente”.
O deputado Marcelo Nilo (PSB), coordenador da bancada de deputados federais e senadores da Bahia, disse que a decisão de Bolsonaro não causa surpresa. “Olha, não é surpresa nada o que Bolsonaro faz contra a vacina. Quando ele sente que vai ter facilidade para governadores ou prefeitos comprarem, ele procura dificultar; é mais fácil enfrentar a Covid-19 do que Bolsonaro”.
Bolsonaro tentou justificar o eto da compra direta das vacinas, alegando que não havia no texto os requisitos claros para determinar “omissão ou coordenação inadequada das ações de imunização de competência do Ministério da Saúde”.
Já sobre o prazo de cinco dias estabelecido para Anvisa, Bolsonaro disse que ela pode afetar uma “avaliação de eventual risco de doença ou agravo à saúde da população”.