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O senador Jaques Wagner (PT) integra um grupo de aliados e membros da campanha de Lula (PT) que vem dialogando com generais do Exército para expor preocupações sobre o pós-eleição. A informação é do jornal Estadão.



Além do senador baiano, também integram o grupo pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB) e os ex-ministros da Defesa Nelson Jobim e Celso Amorim. Segundo a publicação, a ideia do grupo é conversar sobre pautas que interessam ao setor em caso de vitória de Lula nas eleições deste ano. Além dos militares, outros setores, como ruralistas e evangélicos também estão na mira da campanha petista.

“Temos dialogado, sim, por meio de vários interlocutores, sobre a conjuntura, a democracia e a pauta do interesse do setor, com vistas a um futuro governo Lula-Alckmin”, disse o ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT), um dos integrantes da coordenação da pré-campanha, ao Estadão.

Ainda segundo a reportagem, em abril deste ano, aliados de Lula conversaram com a cúpula do Exército sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) para saber se, em caso de vitória, o petista vai conseguir tomar posse. As Forças Armadas afirmou que não há a possibilidade de apoio a qualquer ato fora da democracia.

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta para um aumento da presença de representantes das Forças Armadas na administração federal, que saiu de 370 em 2013 para 1.085 em 2021. No governo Bolsonaro, essa alta foi de 70%. Apesar disso, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, acredita que as Forças Armadas não são, necessariamente, bolsonaristas.



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