Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira (5) que “não dá pra continuar muito” o pagamento do auxílio emergencial por causa do alto custo do benefício. As informações são do jornal Folha de São Paulo.



“Não dá para continuar muito porque, por mês, custa R$ 50 bi. A economia tem que funcionar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado”, disse Bolsonaro.

A declaração foi concedida na área interna do Palácio da Alvorada, depois que um de seus apoiadores agradecer o auxilio de R$ 600 disponibilizado pelo governo federal por conta da pandemia de Covid-19.

No último domingo (2), Bolsonaro já havia criticado quem defende que o benefício seja perenizado. “Alguns estão defendendo o auxílio indefinido. Esses mesmos que quebraram os estados deles, esse mesmo governador que quebrou seu estado, está defendendo agora o [auxílio] emergencial de forma permanente. Só que, por mês, são R$ 50 bilhões. Vão arrebentar com a economia do Brasil”, disse.

Ainda segundo a Folha, apesar do discurso público de Bolsonaro, nos bastidores, o Ministério da Economia avalia que o auxílio emergencial pode ser estendido até dezembro. Apesar de os membros da pasta mencionem preocupação com o impacto fiscal da medida, há o entendimento que pressões políticas podem levar à prorrogação.

O auxílio emergencial já demanda R$ 254,2 bilhões. Esta medida é a mais cara do pacote anticrise. O programa foi criado para durar três meses, com valores concedidos em abril, maio e junho. Depois, foi prorrogado por dois meses (até agosto).



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