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Fotos: Reprodução / Instagram

O retorno às aulas presenciais na rede municipal teve início nesta segunda-feira (3), mesmo sem a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 nos professores. Essa retomada não agradou a categoria, que aderiu à paralisação, de acordo com o presidente do Sindicato dos Professores da Bahia (APLB), Rui Oliveira, que não descarta a possibilidade de greve geral. Ele ainda criticou o posicionamento do secretário Marcelo Oliveira.



“98%  [dos professores] não retornaram. Diversas escolas sem aula nenhuma, tudo fechada. Escolas trancadas de cadeado. (…) Nós estamos aqui festejando o nosso grande sucesso de não ter aula. O pessoal não foi para as escolas”, disse em entrevista para o Política ao Vivo. “Até quarta-feira nós vamos reunir toda a categoria e se o governo não revogar o decreto nós vamos decretar greve geral da rede municipal de Salvador”, afirmou.

Rui falou que as aulas presenciais só vão retornar após a aplicação da segunda dose, até lá, fica no ensino remoto. “Essa é a posição mais correta e que salva vidas”, pontuou. O presidente aproveitou para expressar a sua indignação com a falta de solidariedade com a família de uma profissional da educação que faleceu, em decorrência da Covid-19, no último sábado (1). Ela era diretora da Escola Maria Felipa, que fica na Estrada das Barreiras, em Tancredo Neves.

“Eu não vi nenhuma ação de solidariedade do Governo do Municipal para com a família dela. Inclusive, o marido dela está internado na UTI e nem sabe que ela morreu”, disse. “Sábado nós colocamos 200 cruzes lá no Cristo, na Barra, com o nome de todos que morreram na educação. Não é fácil!”, lamentou.

Em relação ao posicionamento do secretário municipal de educação, Marcelo Oliveira, o qual afirmou que os professores da rede municipal de ensino de Salvador que não aderirem ao retorno das aulas nas salas terão uma punição, Rui disse a atitude dele é coisa de ditador.

“Diga a esse secretário que nós fizemos greve no estado de 115 dias com quatro meses de salários cortado. Ele não intimida não. Isso aí é coisa de ‘ditadorzinho’. É postura de ditador. Não intimida de jeito nenhum. Eu já coordenei greve com quatro meses de salário e não deu em nada, depois devolveu”, relembrou. “Como é que vai cortar salário se eu estou trabalhando de forma remota?”, indagou.





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