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Foto: Secom / Prefeitura
Ventilado para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), tem assistido a uma debandada de aliados e partidos, o que fragiliza, na visão de alguns nomes ouvidos pelo Política ao Vivo, uma nova candidatura ao governo em 2026.
Considerado favorito nas pesquisas de intenção de voto, Neto foi candidato ao governo da Bahia em uma coligação formada por 14 partidos, a maior de uma candidato de oposição no estado desde a redemocratização. O cenário favorável, no entanto, acabou logo após o resultado do primeiro turno, quando Jerônimo Rodrigues (PT), eleito em seguida, teve uma votação expressiva. Desde então, o ex-prefeito perdeu apoio ou teve que dividir com a base governista estadual partidos como Cidadania, Solidariedade, PP, PSC e Podemos.
A avaliação é que nem mesmo a votação expressiva de ACM Neto no segundo turno, com o rótulo de candidato derrotado mais votado da história da Bahia, foi capaz de criar uma gordura em torno de ACM Neto. Os mesmos nomes culpam a oposição pouco empolgante, com vídeos e críticas a temas que não despertam o interesse do eleitor nas cidades afastadas de Salvador, como um fator determinante para a debandada dos partidos.
Possibilidade de candidatura de ACM Neto a deputado é cada vez mais real
Um importante nome da cúpula petista afirmou, em condição de anonimato, que o cenário tranquilo que Jerônimo recebeu coloca como impossível qualquer chance de Neto vencer ou incomodar a reeleição do petista em 2026. A mesma fonte afirma que a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Lula em 2022, por exemplo, é uma rara exceção de um mandatário que perdeu a tentativa de reeleição.
Ligado ao presidente Lula e ao ministro Rui Costa (PT), considerado um dos favoritos para a disputa do Planalto em 2026, com um cenário de poucos problemas na Bahia, Jerônimo é tido pelos aliados como o petista com maiores chances de reeleição dentro do grupo desde 2010, quando Jaques Wagner conseguiu renovar seu mandato como governador.
