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Foto: Divulgação/Instituto Lula

O chamado ‘efeito Lula’, estratégia que deve ser novamente usada pelo PT em Salvador nas eleições municipais de 2024, quase deu a prefeitura da capital baiana ao partido em 2008. Na época, a votação expressiva do líder petista em 2006, junto a avaliação do seu governo, fez com que Walter Pinheiro chegasse ao segundo turno contra o então prefeito João Henrique (PMDB) de forma surpreendente.



Antes disso, em 2004, o PT soteropolitano surfou na alta votação de Lula na capital em 2002. Candidato do partido pela terceira vez, Nelson Pelegrino quase chegou ao segundo turno, com 21,67%, contra 21,93% do ex-governador César Borges (PFL), nome do carlismo para a sucessão municipal. Dois anos antes, o presidente recém-eleito obteve 73,69% dos votos no primeiro turno na cidade. No segundo da eleição, o candidato da oposição, João Henrique (PDT), conseguiu o apoio indireto de nomes da ‘ala progressista’ em Salvador, incluindo petistas, e foi eleito com 74,69%.

Lula reage em Salvador e deve alavancar candidato petista em 2024

Em 2006, Lula obteve uma vitória ainda maior na capital baiana contra o tucano Geraldo Alckmin, hoje seu vice-presidente. Na época, o presidente teve 6,37% no primeiro turno, chegando a 84,76% no segundo turno, um universo de 1.109.289 votos dos soteropolitanos. Dois anos depois, em 2008, o PT conseguiu abraçar o ‘efeito Lula’ e protagonizou uma das mais emocionantes disputas pela prefeitura da cidade nos últimos anos.

O então deputado federal Walter Pinheiro, escolhido do PT para o pleito, contrariou os números das pesquisas iniciais, que colocavam o também deputado ACM Neto (DEM) como favorito, com o prefeito João Henrique (MDB) na cola. Na época, os petistas faziam oposição à gestão municipal, mesmo cenário do próximo ano.

Pinheiro, que contou com o apoio de Lula e do governador Jaques Wagner (PT), conseguiu 30,06%, contra 30,97% de João Henrique. Neto, que ficou com 26,86%, apoiou o prefeito no segundo turno. João Henrique venceu Pinheiro com 58,46% contra 41,54%.

O capital político obtido pelo partido ainda rendeu apertada em 2012, quando Nelson Pelegrino chegou ao segundo turno contra ACM Neto. Neto venceu com 53,51% contra 46,49% do petista.



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