Foto: Divulgação

Um vídeo que tem circulado no Twitter no último final de semana traz uma grave denúncia contra o Governo do Estado.

No vídeo, o jornalista e servidor do Ibama, Lucas Bocão, acusa a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) de enterrar carne própria para consumo no município de Teixeira de Freitas, após apreensão por falta de documento.

Segundo Bocão, a carne, que para ele poderia ser distribuída para a população mais carente, foi descartada e enterrada no aterro sanitário da cidade sem ser feita nenhuma inspeção acerca da sua condição. Parte da população foi até o aterro para pegar a carne jogada fora, em uma cena digna dos países mais pobres do mundo.

Logo o vídeo ganhou repercussão nas redes sociais e as pessoas passaram a denunciar a postura do Governo da Bahia, da Sesab e do Núcleo de Saúde de Teixeira de Freitas.



“Simplesmente, o Núcleo de Saúde do município de Teixeira de Freitas, no comando do senhor governador Rui Costa, mandou enterrar essa carne no solo do aterro sanitário. O que aconteceu? As pessoas descobriram que a carne estava enterrada e começaram a cavar para consumir, como se fosse procurando um ouro. Isso não é uma forma de resolver os problemas”, disse o jornalista no vídeo, que foi usado pela população como prova para acusar o governador Rui Costa.

O Política ao Vivo entrou em contato com a Sesab, que respondeu ao site enviando uma nota da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). De acordo com a Adab, a carne em questão não estava própria para consumo.

“Todos os procedimentos previstos nos programas de profilaxia, controle e combate de doenças transmitidas por animais pelo órgão de defesa sanitária estadual foram observados. No ato da apreensão, as carcaças estavam em péssimas condições de acondicionamento, sem nenhum sistema de refrigeração, apresentando alta temperatura, muito além dos 7ºC regulamentados pela legislação sanitária, em estado de putrefação e não foi apresentando nenhum documento que identificasse a origem do produto. Comercializar carne nessas condições é crime”, dizia parte da nota.

O diretor da Adab, Maurício Bacelar, repudiou a tentativa de se utilizar o fato de forma política.

“O que nos deixa estarrecidos é assistir pessoas tentando tirar proveito político da fragilidade de uma parcela da população. Pessoas que, de uma maneira inadvertida, foram lá tentar aproveitar aquela carne como alimento, estão sendo utilizadas com objetivos políticos. Isso é inadmissível”, disse.

O governo não explicou, no entanto, o motivo de ter deixado a carne no local apesar de saber que a população presente no momento da ação do governo a desenterraria.

Veja o vídeo:



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