Foto: Reprodução / Facebook

O governador Rui Costa (PT) decidiu comprar uma briga com os médicos baianos, ou melhor, com o Conselho Regional de Medicina (Cremeb), acusando, ele e seus secretários, da falta de médicos para trabalhar na Bahia na crise do coronavírus, o que justificaria o chamamento de médicos formados no exterior (sem garantia de bom ensino e muitas vezes sem nenhuma prática) para os hospitais baianos.



Em nota, o Cremeb respondeu ao fato de só 80 médicos terem se inscrito no edital da Sesab ofertando 400 vagas. Segundo o Cremeb, a Secretaria de Saúde da Bahia não tornou públicas informações como formas de contrato, segurança em caso de adoecimento e morte, salário, etc., tendo o Conselho questionado à secretaria na segunda-feira (11), mas a pasta não repassou as informações solicitadas.

“Colocar a culpa nos médicos tornou-se prática contumaz, possivelmente, em razão da contínua resistência destes à política de precarização da saúde e dos vínculos de trabalho. O desmonte da saúde pública na Bahia, reduzindo o número de leitos, descumprindo a Constituição e as leis que proíbem a contratação sem concurso público pela administração pública e com investimentos mínimos na Saúde, continuarão em nossas críticas”, diz.

“A propaganda do governo de inaugurar quase diariamente as mesmas obras, já que não são hospitais de fato, tendo em vista que apenas paredes não atendem à população, deixa o pessoal médico como apenas um detalhe a ser pensado para depois. E agora, que entramos no quarto mês da pandemia, porquê não se programou nem divulgou antes, secretário?”, completa.

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