A compra de um respirador para a cidade de Nova Fátima virou alvo de uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF).
O prefeito da cidade, Adriano Pereira, e o empresário Robson Prazeres são acusados de improbidade administrativa em razão de suspeita de fraude licitatória na aquisição do aparelho respirador, sob o pretexto de combater o coronavírus na região que já contabiliza 35 casos da doença e uma morte.
De acordo com a denúncia, o gestor da cidade teria autorizado à aquisição de um respirador, modelo Ventilador Mecânico Stellar 150, e pagou por ele R$ 54.900 mil, com recursos enviados pelo governo federal para uso exclusivo de combate à pandemia. No entanto, o aparelho custaria quase metade do valor em empresas da concorrência.
Com base em quatro cotações realizadas no mercado e que mostram uma variação de até R$ 25.839 mil, a denúncia foi protocolada no MPF pelo presidente da Câmara de Vereadores de Nova Fátima, Josenaldo Porto e o vereador Edmilson dos Santos. “Está claro que houve superfaturamento. Não vamos permitir esse abuso com o dinheiro público. Iniciamos com a ação no MPF e vamos ingressar no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Polícia Federal”, diz o presidente da Casa.
O que também chama atenção é que em uma das cotações feitas com o próprio empresário Robson Prazeres, o respirador foi ofertado pelo valor de R$ 41.990 mil. Os vereadores questionam como seria possível o empresário que venceu a licitação vender à Prefeitura por R$ 54.900 mil e cotar no mercado por R$ 41.990 mil.