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Alvo de inquéritos no Ministério Público Federal (MPF), a compra de respiradores feita pelo Governo da Bahia junto à empresa Hempcare completou um ano. A compra foi feita com uma empresa chinesa, que cancelou o negócio.
A Hempcare, empresa contratada pelo governo baiano para intermediar a negociação, mesmo sem ter experiência no ramo, buscou outros fornecedores e fechou a compra dos equipamentos com uma indústria brasileira, sediada em São Paulo. O negócio, porém, foi cancelado após técnicos constatarem que os respiradores não eram adequados para pacientes com Covid-19.
O valor, cerca de R$ 50 milhões, pago antecipadamente pelo Governo da Bahia à Hempcare e dividido em comissões, não foi devolvido. O processo corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável por julgar governadores, e tramita em segredo de justiça.
Recentemente, o jornal O Globo noticiou que delações premiadas negociadas com a Procuradoria-Geral da República (PRG), no âmbito do processo dos respiradores, tiveram o governador Rui Costa como alvo principal.
Outra compra que completará um ano nas próximas semanas foi feita também pelo Governo da Bahia, representando o Consórcio do Nordeste, com uma empresa americana.
O valor, também cerca de R$ 50 milhões, foi pago de forma antecipada, o negócio foi cancelado e os recursos não foram devolvidos.
O Governo do Estado chegou a contratar, por quase R$ 500 mil, um escritório de advocacia americano para lidar com a ação judicial nos EUA. Até hoje, porém, nenhum avanço foi divulgado.