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Fotos: Democratas/Reprodução/PSDB/ Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

Possibilidade cada vez mais forte nos bastidores da política local, uma candidatura de ACM Neto (União Brasil) ao Senado nas eleições de 2026 abriria espaço para que outros nomes do seu bloco político possam disputar o governo da Bahia no próximo pleito, quando Jerônimo Rodrigues (PT) tentará a reeleição.



Uma nova candidatura de Neto ao governo, com altas chances de mais uma derrota nas urnas, fragilizaria a imagem do ex-prefeito de Salvador. Já uma possível vitória para o Senado, já que serão duas cadeiras em jogo em 2026, colocaria Neto de volta à política nacional, além de garantir oito anos de mandato e maior tranquilidade na disputa pela sucessão estadual no meio do caminho. Para encabeçar a chapa de oposição ao governo em 2026, um dos primeiros nomes pensados é o do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).

Caos seja reeleito em 2024 pelo grupo de Neto, Bruno Reis chegaria em 2026 com o mesmo capital político que seu antecessor quando deixou a Prefeitura. O atual prefeito, entretanto, precisaria renunciar ao cargo para concorrer ao governo. Interlocutores afirmam que Bruno não teria problema em deixar o cargo pela metade, mas que precisaria de um nome viável como vice-prefeito (a), como o deputado federal Leo Prates (PDT), para fazer um sucessor na capital em 2028.

Também no União Brasil, o deputado federal Elmar Nascimento é outro nome forte para disputar o governo pelo grupo. Diferente de ACM Neto, que teve dificuldades de penetrar o interior, o parlamentar já tem uma história construída pelo estado, além de contar com prefeituras aliadas, o que lhe garante palanque em grandes e médias cidades. Pesa a favor de Elmar também o fato de ser um dos parlamentares mais influentes em Brasília, chegando a recusar ministérios no governo Lula.

Com menores chances, o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (União Brasil), seria a terceira opção do partido para disputar o governo. Apesar de ser a principal liderança política da segunda maior cidade do estado, Zé teve um desempenho muito abaixo quando peitou Rui Costa (PT) nas urnas em 2018, e ficou com menos de 30% dos votos.

Quebrando a tradição do PFL/DEM/União Brasil de encabeçar as chapas, o PSDB poderia lançar o nome de João Gualberto. Prefeito de Mata de São João com gestões de alta avaliação, Gualberto é visto pelo grupo como a oportunidade de apresentar uma novidade para bater de frente com o grupo que governa o estado há quase 20 anos. Empresário de importância na Região Metropolitana, Gualberto ainda poderia conseguir com maior facilidade o apoio do setor e de prefeitos que rodeiam a cidade.



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